Conscientização e lazer: conheça rios que integram unidades de conservação ambiental e que podem ser visitados na Bahia

Diversos rios que cortam a Bahia fazem parte de Unidades de Conservação Ambiental. De acordo com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), esses locais são áreas de rica biodiversidade e por isso são protegidos por lei – mas podem e devem ser visitados.
Muitos desses rios já são conhecidos pelos brasileiros, como o Velho Chico, no norte do estado, e a Cachoeira do Acaba Vida, no oeste. Os locais possuem estrutura turística e opções de passeios para toda a família.
Além dos passeios, é possível apreciar mirantes e até praticar esportes como canoagem e stand up paddle nesses locais.
O g1 listou rios que cortam a Bahia e que fazem parte de Unidades de Conservação Ambiental. Esses rios estão dentro de Áreas de Proteção Ambiental (APA), que são classificadas como locais extensos, ocupados por seres humanos e com atributos bióticos, estéticos e culturais.
Rio de Contas
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Rio de Contas, em Itacaré (BA). — Foto: André Silva
O Rio de Contas faz parte da APA Costa de Itacaré/ Serra Grande. A área fica no norte da Costa do Cacau e tem uma faixa litorânea de 28 km de extensão, abrangendo as cidades de Ilhéus, Uruçuca e Itacaré, mais conhecida pelas ondas altas nas praias.
A área é de grande importância ecológica, com vegetação remanescente de mata atlântica. No local, também é possível encontrar manguezais e bolsões de desova de tartarugas marinhas nas praias.
Para quem gosta de esportes como rafting e canoagem, o Rio de Contas é uma ótima opção. Foi lá que o atleta olímpico Isaquias Queiroz deu as primeiras remadas.
Em Itacaré, é possível agendar passeios pelo rio com barqueiros que ficam na orla da cidade. A partir do rio, é possível acessar cachoeiras e também passar por manguezais.
Quem prefere apenas apreciar a paisagem, dica é passar pela ponte que liga Itacaré a Maraú, a cerca de 9 km da sede de Itacaré, no horário do pôr-do-sol. De lá, é possível ter uma linda vista do sol se pondo no rio.
Cachoeiras do Acaba Vida e do Redondo
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Cachoeira do Redondo, em Barreiras — Foto: Prefeitura de Barreiras
Alimentadas pelo Rio de Janeiro, as duas cachoeiras fazem parte da APA Bacia do Rio de Janeiro, que na Bahia engloba as cidades de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, localizadas no oeste baiano. As atrações naturais costumam receber diversos visitantes ao longo do ano e é uma ótima opção para famílias com crianças.
Na APA da Bacia do Rio de Janeiro o ecossistema do cerrado predomina e pode ser percebido através dos rios de águas cristalinas e da vegetação típica, que oscila entre áreas abertas com gramíneas e herbáceas, campos com árvores tortuosas, além de cerradões.
A Cachoeira do Acaba Vida fica em Barreiras, a 90 km da sede pela BR-020. Com 36 metros de queda livre, água costuma formar um arco-íris sobre o leito de pedras.
A 25 km, há também a Cachoeira do Redondo, que forma uma espécie de piscina natural.
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Rio São Francisco
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Rio São Francisco, em Juazeiro — Foto: Thiago Santos/TV São Francisco
O poeta Jorge de Altinho escreveu que “na margem do São Francisco nasceu a beleza”, e é impossível não concordar os versos da canção que enche de orgulho o povo nordestino.
Conhecido por muitos como “Velho Chico”, o Rio São Francisco tem a terceira maior bacia hidrográfica do Brasil. Ele passa por seis estados brasileiros: Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Goiás, além do Distrito Federal.
Na Bahia, o rio passa por diversas cidades, como Juazeiro, na região norte, onde faz divisa com o estado de Pernambuco, e Paulo Afonso, na mesma região. Na cidade, o Velho Chico abastece um dos maiores complexos hidrelétricos do país, composto pelas usinas de Paulo Afonso I, II, III e IV e Apolônio Sales (Moxotó), sendo uma das maiores capacidades instaladas dentre as usinas do Brasil. A energia é gerada a partir da força das águas da Cachoeira de Paulo Afonso, um desnível natural de 80 metros do rio.
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Complexo Hidrelétrico da Chesf em Paulo Afonso — Foto: Divulgação/Chesf
A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), responsável pelo complexo, recebe visitantes de quinta a domingo e também em feriados, das 8h às 16h. As instalações detêm pontos de referência para o turismo na cidade que é conhecida como “a Terra da Energia”. As visitas são realizadas em grupo, nos turnos da manhã e da tarde, com duração média de uma hora.
No percurso, os visitantes podem conhecer o complexo e as cachoeiras do Dreno de Areia; o Mirante do Bondinho e a Ilha do Urubu. A contemplação do força da água acontece de terça a domingo, pela manhã, das 8h às 11h, e à tarde, das 13h às 16h.
Para os empregados da Eletrobras Chesf a entrada é gratuita. Os os demais visitantes devem procurar a Secretaria de Turismo do Município para realizar marcação. O deslocamento aos pontos de visitação só pode ser feito por meio de carros de passeio, ônibus, micro-ônibus e vans, mediante agendamento.
A ação é realizada em parceria com a Prefeitura de Paulo Afonso e conta com a presença de aproximadamente 2.500 pessoas nos fins de semana.
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Cachoeiras embelezam complexo da Chesf em Paulo Afonso — Foto: Divulgação/Chesf
Além da importância econômica, cultural e da geração de energia, na cidade o rio também é opção de lazer para moradores e turistas.
Um dos grandes atrativos são as formações rochosas do cânion do Velho Chico, considerado o maior cânion navegável do mundo. Lá, é possível agendar passeios de barco.
Parte do Rio São Francisco é englobada na APA Dunas e Veredas, localizada na margem esquerda do rio. As cidades de Barra, Pilão Arcado e Xique-Xiquefazem parte desta APA.
Rio Preto
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Na Bahia, a Área de Proteção Ambiental Serra do Ouro, com mais de 50 mil hectares, tem trilhas e cachoeiras — Foto: Nello de Aguiar Ferrari/VC no G1
A cachoeira do Rio Preto faz parte da APA Serra do Ouro, em Iguaí, no sudoeste do estado. Ela abrange mais de 100 cachoeiras e cascatas, além de inúmeros rios, riachos e serras, como a do Ouro, Macário e dos Índios.
A cachoeira alimentada pelo Rio Preto é cercada de vegetação e é possível chegar de carro, através de uma estrada de terra.
Os visitantes costumam levar lanches para fazer piqueniques, pois o local não conta com estrutura de de restaurantes.
Fonte: G1